sexta-feira, 17 de setembro de 2010

não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. desconfie do destino e acredite em você. gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

domingo, 12 de setembro de 2010

as horas

lembro-me de levantar ao amanhecer. havia tamanha sensação de possibilidades, sabe essa sensação? eu me lembro de ter pensado: 'este é o inicio da felicidade. é aqui que começa. e, sem dúvida, sempre haverá mais'. nunca me ocorreu que não era o começo. era felicidade. era o momento. naquele exato momento.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

chorar não resolve. falar pouco é uma virtude. aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo e o que não mata, com certeza fortalece. vontades efêmeras não valem a pena! quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. quem te merece não te faz chorar e quem gosta cuida. o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente. não é preciso perder pra aprender a dar valor. e os amigos ainda se contam nos dedos. pra qualquer escolha segue alguma consequência. não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado. às vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer. a vida continua e o tempo sempre vai ser o melhor remédio!

"- Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos. "

LEGIÃO URBANA - METAL CONTRA AS NUVENS

domingo, 5 de setembro de 2010

porque, há muito, eu erro a mão. a dose. esqueço a receita do equilíbrio. o quanto uso das partes que brigam dentro de mim. há muito, eu me confundo. porque metade não tem medo e levanta os braços, na descida da montanha-russa. olhos abertos, enquanto outra acha melhor enfrentar a queda com as mãos na barra. segurando forte. espremendo os dois olhos, fechados, desde o começo do percurso. das travas descidas sobre a barriga. porque metade prefere brincar na beira da praia. no raso. enquanto outra não vê problemas em pular dezenas de ondas e nadar onde a pequena bandeira vermelha, agitada pelo vento, avisa sobre o risco. sobre a possibilidade de afogamento. porque, há muito, eu erro a receita do equilíbrio. uso a parte que não deveria na hora em que não poderia. me confundo com as metades que brigam dentro de mim. porque parte acelera na estrada, no momento da curva fechada. pé direito até o fim, enquanto outra freia, bruscamente, ao ver a primeira placa. seta torta, avisando sobre o perigo. metade não suporta a burrice, a pequenez, a lerdeza. outra, sempre calada, tolera a banalidade. engole a ignorância. convive com a mediocridade. há muito, eu erro a mão. a dose. me confundo com o que devo usar. porque metade briga. explode. aponta o dedo na cara, enquanto outra se recolhe, quieta, debaixo da cama. no quarto fechado. no tudo escuro. eu tenho uma metade que berra. outra que sussurra. uma parte que acredita em finais felizes. em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado. eu tenho uma metade que me mente, me trai, me engana. outra que só conhece a verdade. uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. outra que sobrevive sozinha. metade auto-suficiente. mas, há muito, eu erro a mão. a dose. esqueço a receita do equilíbrio. me perco. há dias em que uso a metade que não poderia. dias em que me arrependo de ter usado a que não gostaria. porque elas brigam dentro de mim, as metades. há algumas mais fortes. outras ferozes. há partes quase indomáveis. metades que me fazem sofrer nessa luta diária. no não deixar que uma mate a outra.