domingo, 27 de dezembro de 2009

esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida.
brilho eterno de uma mente sem lembranças.
exatamente onde eu queria estar.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009



tentativa de passar através dos dedos aquilo que mal conseguimos discernir na estática de sinapses do cérebro, confundida ainda pelas batidas descompassadas desse músculo que insiste em interferir em tudo que mostrarmos pra nós mesmos como lógico, racional e óbvio... talvez os maiores gigantes em nosso peito, o amor e o medo, passem constantemente nossas decisões em xeque, esperando o primeiro obstáculo para reforçar uma visão de mundo 'mais fácil', um 'como viver do modo certo com o mínimo de sofrimento'. consideramos a emoção uma fraqueza e a racionalidade uma força, como se o sentimento fosse de alguma forma mais manipulável que a razão.

Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...

É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...

Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...