segunda-feira, 30 de março de 2009

um dia singular

fazia tanto tempo que eu não ria até a barriga doer, que eu não falava tudo o que me dava vontade, que eu não era tão eu mesma. encontro inesperado no ônibus; parada para o sanduíche; lojinha de bijuterias; vamos furrar as orelhas? voltando a ser criança; lojas; galerias; roupas; futilidades; vestido; doooooooooooooooooooooooces! muito peso; muitas sacolas; acabamos com 1L de sorvete e duas colerinhas que custaram R$ 0,70, lá no gasometro; pôr do sol.

"Assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, meu pequeno principezinho, a tua vidinha melancólica. Muito tempo não tiveste outra distração que a doçura do pôr-do-sol. Aprendi esse novo detalhe quando me disseste, na manhã do quarto dia:

- Gosto muito de pôr-do-sol. Vamos ver um…
- Mas é preciso esperar…
- Esperar o quê?
- Que o sol se ponha.

Tu fizeste um ar de surpresa, e, logo depois, riste de ti mesmo. Disseste-me:

- Eu imagino sempre estar em casa!

De fato. Quando é meio dia nos Estados Unidos, o sol, todo mundo sabe, está se deitando na França. Bastaria ir à França num minuto para assistir ao pôr-do-sol. Infelizmente, a França é longe demais. Mas no teu pequeno planeta, bastava apenas recuar um pouco a cadeira. E contemplavas o crepúsculo todas as vezes que desejavas…

- Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e três vezes!

E um pouco mais tarde acrescentaste:

- Quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol…
- Estavas tão triste assim no dia dos quarenta e três?

Mas o principezinho não respondeu." - "O Pequeno Principe - Capitulo VI"

val & balú, manas forever.

quarta-feira, 25 de março de 2009

ame, apaixone-se, erre, erre quantas vezes forem necessárias.. sorria, brinque. chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, cante, grite, viva... o fim nem sempre é o final, a vida nem sempre é real, a roda nem sempre é gigante, o passado nem sempre passou, o presente nem sempre ficou, o hoje nem sempre é agora.

o tempo... o tempo não para! se for para esquentar, que seja com o sol, se for para enganar que seja o estomago, se for para chorar que se chore de alegria, se for para mentir que seja a idade, se for para roubar que se roube um beijo, se for para perder, que seja o medo, se for para cair, que seja na gandaia, se existir guerra, que seja de travesseiros, se existir fome, que seja de amor, se for para ser feliz que seja o tempo todo.

por onze anos frequentei o mesmo lugar todos os dias, vendo praticamente as mesmas pessoas. hoje estou em um novo ambiente, é estranho nos primeiros dias de aula se sentir 'sozinho' de novo; com o tempo e observo o quão diferentes todas as pessoas que estou conhecendo são em relação as outras que conheço. apesar de sentir falta dos amigos antigos, ao mesmo tempo fico muito feliz por estar me relacionando com novas pessoas. estou aprendendo muito! e estou muito feliz. meus dias são, na maior parte do tempo, intensos e muito divertidos. apesar de uma carga grande de leituras (que realmente me dão muito sono) e muitos trabalhos, é um prazer estar na faculdade. pirralha, metida ... sim! mas consegui.

não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou errado. sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente. já não caminho mais sozinha, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição. e, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria, saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber que valeu a pena.